A FÁSCIA PLANTAR
SBED – Sociedade Brasileira para Estudo da Dor – Fascite Plantar
A fáscia
plantar (chamada também de aponeurose plantar), uma membrana de tecido
conjuntivo fibroso e pouco elástico, que recobre a musculatura da sola do pé,
desde o osso calcâneo até a base dos dedos dos pés. É a fascia plantar que dá
sustentação e estabilidade ao arco plantar. Simplificando: é a fáscia plantar
que ajuda a manter a curvatura do pé firme, graças à sua capacidade de
amortecer e distribuir o impacto.
O
QUE É A FASCITE PLANTAR?
A Fascite plantar é o processo inflamatório que
acomete esta fáscia. Pode ocorrer devido a um estresse excessivo dessa região,
como impacto e microtraumas repetitivos, estiramento excessivo da fáscia
plantar e processos degenerativos no local da origem da fáscia.
O sintoma mais comum é a dor. A dor costuma
ser aguda, perto do calcanhar, irradiando ao longo do arco do pé. No período da
manhã as queixas de dores são maiores, os pacientes relatam ter dificuldade até
mesmo de colocar o pé no chão, relatando uma melhora ao longo do dia. A dor
costuma retornar depois de longos períodos em pé, ou após um período de
descanso.
O
QUE PODE CAUSAR A FASCITE PLANTAR?
·
Pés planos ou chatos (arco plantar mais
baixo, maior área de apoio da sola do pé com o solo) ou pés cavos (arco plantar
mais alto, menor área de apoio da sola do pé com o solo) podem afetar a forma
como o peso do corpo é distribuído e aumentar a pressão sobre a fáscia plantar;
·
Encurtamento e tensão no Tendão de Aquiles
(que liga a panturrilha à região do tornozelo), já que este tendão tem conexão
direta com a fáscia plantar;
·
Sobrepeso, pois existe uma sobrecarga tanto
óssea quanto muscular;
·
Calçados inadequados, com solados planos e
muito flexíveis que não dão o suporte adequado para o arco do pé;
·
Atividade física repetitiva e de alta
intensidade, que exijam muito do calcanhar e da fáscia plantar, como corridas
longas e excessivas;
·
Exercer funções em que precise ficar em pé
por muito tempo.
DIAGNÓSTICO
Num primeiro momento, o diagnóstico de
fascite plantar é clínico e leva em conta as particularidades dos sintomas e os
fatores de risco. Exames de imagens serão úteis para estabelecer o diagnóstico
diferencial como no caso do esporão do calcâneo.
É importante não confundir a fascite plantar
com o esporão do calcâneo. São duas patologias diferentes, embora possam ser
desencadeadas por lesões muito semelhantes: microtraumatismos e inflamação
crônica na região do calcanhar, nas proximidades da inserção do tendão de
Aquiles. No caso específico do esporão, surgem depósitos de cálcio debaixo ou
atrás desse osso. Eles formam saliências parecidas com ganchos que lembram as
esporas dos pés dos galos. Esporões do calcâneo podem provocar uma dor
aguda, em pontada, que piora com o movimento e melhora com o repouso.
TRATAMENTO
O objetivo do tratamento da fascite plantar é
reduzir a inflamação, aliviar a dor e habilitar o paciente para assumir suas
atividades rotineiras.
Grande parte dos portadores de fascite
plantar se beneficia com o tratamento conservador que inclui repouso, aplicação
de gelo no local e sessões de fisioterapia.
LEMBRE-SE
·
Em caso de dor procure o médico e o fisioterapeuta;
·
Perca peso;
·
Prefira calçados com maior amortecimento;
DICAS
PARA FAZER EM CASA
·
Para
reduzir a inflamação e aliviar a dor: gelo e automassagem
Faça uso do gelo: Congele água dentro de uma
garrafa pet e role-a sob o arco plantar para frente e para trás durante 10
minutos;
Faça auto massagem: Massageie a sola dos pés
com uma superfície de contato. (Podem ser bolas de tênis, cabos de
vassoura, movimentando-a em todas as direções).
·
Para
alongar e fortalecer a fáscia plantar: exercícios com uso de uma toalha
Para alongar: sente-se no chão com as costas
retas, estique as pernas e puxe a pontas dos pés com uma toalha;
Para fortalecer: Sentado numa cadeira,
recolha do chão a toalha utilizando apenas os dedos dos pés.
·
Para
alongar e fortalecer os músculos da panturrilha
Pise na borda de um degrau com as pontas dos
pés alinhadas e vá descendo apenas os calcanhares para fora do degrau, o máximo
que conseguir, sem forçar muito. Permaneça nessa posição por alguns segundos.
Depois volte à posição inicial e relaxe a musculatura;
Sente-se numa cadeira com a planta dos pés
apoiadas no chão e os joelhos flexionados em 90º. Nessa posição, erga o
calcanhar o mais alto que puder e pressione com toda a força possível as pontas
dos pés contra o chão. Mantenha a posição por alguns segundos e vá abaixando os
calcanhares devagar.
Este material de apoio foi produzido para uma palestra: Terceira idade sem dor, na semana de comemoração do dia Mundial da saúde, por Natalia de Freitas Guerreiro Ferreira, fisioterapeuta, crefito 3/49373-F.
e-mail: nathiguerreiro@hotmail.com
Baseado em:
Lawrence M. Tierney Jr.,Stephen J. McPhee, Maxine A. Papadakis – Diagnóstico & Tratamento/fascite plantarEste material de apoio foi produzido para uma palestra: Terceira idade sem dor, na semana de comemoração do dia Mundial da saúde, por Natalia de Freitas Guerreiro Ferreira, fisioterapeuta, crefito 3/49373-F.
e-mail: nathiguerreiro@hotmail.com
Baseado em:
SBED – Sociedade Brasileira para Estudo da Dor – Fascite Plantar
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